Burnout dentro das empresas

A nova realidade fez com que aprendêssemos a cuidar melhor da saúde em todos os aspectos. Por conta disso, um dos impactos causados pela pandemia – a Síndrome de Burnout – tem trazido sérias preocupações a gestores e equipes de RH, pois pode afetar todo o ambiente corporativo e comprometer os objetivos das empresas.

Pensamentos depressivos, esgotamento físico e mental, sentimento de incapacidade, lentidão de raciocínio, medo, síndrome do pânico e ideias suicidas são algumas das evidências desse transtorno que tem aumentado no Brasil.

Não obstante, a fadiga do colaborador no ambiente do trabalho tem ocorrido com mais frequência, sendo provocada, possivelmente, em consequência das características do home office e da redução de equipes, uma vez que a crise econômica cortou postos de trabalho e aumentou a pressão por resultados.

A doença também pode ser provocada em razão de excesso de trabalho, das dificuldades de adaptação, isolamento social, cobranças e reclamações exageradas, incertezas acerca do futuro, melancolia e demais alterações psíquicas.

Se o colaborador não tiver tratamento adequado, a Síndrome de Burnout pode evoluir para distúrbios físicos, hipertensão, questões gastrointestinais, depressão profunda e até criar dependência do álcool.

Consequências

Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os impactos da pandemia atingiram consideravelmente os trabalhadores de serviços essenciais, como os ligados às áreas de saúde, educação, segurança pública, assistência social, comunicação e colaboradores dos serviços de atendimento ao cliente.  

O levantamento aponta que 47,3% desses profissionais apresentaram sintomas de ansiedade e depressão; 44,3% têm abusado de bebidas alcoólicas; 42,9% adquiriram problemas de sono; e 30,9% foram diagnosticados com doenças mentais.

Os dados apresentados indicam o quanto a pandemia afetou os colaboradores e impôs a necessidade de respostas rápidas e eficientes do empresariado de modo responsável, uma vez que é necessário garantir ambiente favorável ao desenvolvimento das atividades com segurança e qualidade de vida.

Prevenção

A preocupação com a saúde mental dos trabalhadores exige novos cuidados, sendo necessário fazer exames preventivos em todos os membros das equipes e avaliar as condições de saúde de cada colaborador. Líderes e gestores podem agir com mais sensibilidade e rapidez para identificar e prevenir os indícios de abalos psicológicos, mesmo que a distância.

Outra ação importante que a empresa pode fazer é realizar treinamentos para todos os colaboradores, o que favorece a criação de medidas capazes de inibir o surgimento de problemas emocionais. Ao mesmo tempo, é importante incentivar a prática de atividades físicas, culturais e organizar momentos de relaxamento, happy hour e ações sociais, proporcionando o estreitamento dos laços de afinidade e conhecimento.

Enfrentamento

O combate à Síndrome de Burnout deve ser feito com o acompanhamento de profissionais da saúde, mas também deve acontecer com mudanças efetivas na rotina de trabalho. É possível desacelerar o ritmo das atividades, promover adaptações nas estações de trabalho e adotar formas mais saudáveis de trabalhar, sobretudo com o envolvimento dos colegas de trabalho, ainda que seja por meio de chamadas e mensagens.

A boa convivência nas equipes e relações interpessoais positivas trazem mais tranquilidade ao clima organizacional, contribuindo para o desempenho dos profissionais e à manutenção da produtividade. Além disso, as empresas podem reavaliar as metas e redefinir objetivos alcançáveis a curto prazo com a participação dos colaboradores, uma vez que o engajamento individual e de grupo eleva a autoestima e favorece a saúde mental.

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