Quaisquer relações interpessoais devem acontecer em ambiente sadio e harmonioso, não é mesmo? Mas ainda há quem desconheça os problemas e os traumas causados pelo assédio moral no ambiente de trabalho.
A gestão eficiente de Recursos Humanos aponta que cada colaborador merece atenção e necessita de clima favorável para a produtividade individual e bom desempenho em grupo. Mas o que fazer quando acontece o assédio moral? Antes de tudo, é preciso compreender do que se trata essa agressão.
Segundo a psicanalista Marie-France Hirigoyen, assédio moral pode ser definido como “total e qualquer conduta abusiva, manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, colocar em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho”.
Atitudes desrespeitosas como gritar, deixar de informar, discriminar, induzir ao erro, cobrar exageradamente, dificultar a promoção, diminuir as competências, deteriorar as condições de trabalho, impedir o uso de equipamentos, distribuir tarefas simplistas, criticar insistentemente, desdenhar de problemas de saúde, alimentar fofocas, entre outros comportamentos negativos praticados de modo contínuo por um superior ou por colegas de trabalho podem acontecer em um contexto de violência psicológica, a fim de prejudicar ou forçar alguém a deixar o emprego.
Os efeitos do assédio moral são complexos e podem atingir desastrosamente a saúde física e mental dos colaboradores, causando, entre outros:
Em situações extremas, sem condições de extirpação dos males, existe ainda a possibilidade de o colaborador empreender agressão contra os assediadores ou até mesmo de atentar contra a própria vida.
Tramitam projetos de lei nas diferentes esferas do Poder Legislativo no sentido de coibir o assédio moral e impor punições severas aos assediadores. Não obstante, ainda que haja pressão por resultados e alta competitividade no mercado empresarial, não se pode admitir comportamentos abusivos por quem quer que seja. A saudável convivência humana pressupõe o exercício virtuoso do respeito e da tolerância, gestos notáveis que contribuem para o crescimento individual e coletivo.
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