De tempos em tempos surgem novos conceitos no mundo corporativo. Alguns têm breve duração e acabam sendo tratados quase como modismos passageiros, enquanto outros, que têm maior aderência à realidade e necessidades das empresas, se desenvolvem e são incorporados nas práticas de gestão.
Com forte inspiração no conceito de Customer Experience, que já está sedimentado no mundo corporativo, o Employee Experience ou Experiência do Colaborador, ainda trilha a fase de consolidação, superando dúvidas e tentando convencer os mais céticos sobre sua importância e papel de agregador de valor para as organizações.
Ao contrário do que alguns previam, a tecnologia não tem sido um simples exterminador de empregos, mas com certeza tem sido um agente de transformação. Se de um lado ela ameaça o trabalho repetitivo e não qualificado, por outro, aumenta a demanda e valoriza aspectos como criatividade, trabalho em equipe, capacidade intelectual, inteligência emocional, resiliência, adaptação a mudanças, capacidade de trabalhar sob pressão, engajamento etc.
Em função disso, não há dúvidas de que o papel das pessoas com tais habilidades nas empresas vem sendo valorizado a cada dia, aumentando o desafio de atração e retenção dos talentos que são críticos para a sobrevivência e crescimento das organizações. Para querer fazer parte de uma organização, as pessoas tendem a valorizar cada vez mais aspectos como satisfação com as tarefas realizadas, liderança inspiradora, clareza nos objetivos e expectativas, reconhecimento dos trabalhos realizados, transparência dos benefícios oferecidos e valorização das competências. Esses são alguns dos aspectos que compõem o Employee Experience, cujos pilares estão intimamente ligados a esse novo significado da relação entre o empregador e os colaboradores, buscando uma relação ganha-ganha que será cada dia mais vital para as organizações.
É importante ressaltar que a implantação do Employee Experience em uma organização não ocorre como uma ruptura e de maneira brusca. Trata-se de uma jornada que deve ser bem planejada e orquestrada. Antes de qualquer passo, é necessário que a alta administração da empresa esteja convencida dos benefícios de sua adoção e comprometida com o processo.
Outro ponto fundamental é que o responsável pelo projeto, que deve atuar como um maestro na condução das equipes multidisciplinares, tenha experiência prática, com resultados mensuráveis, que deem confiança aos gestores e colaboradores. Isso é ainda mais crítico quando sabemos que o sucesso da implantação está ancorado em aspectos emocionais e racionais, com igual peso no resultado.
A missão principal do “regente” é transformar as bases conceituais do Employee Experience em resultados práticos, que envolvem revisões de cultura da organização, mudanças de processos, identificação de gaps, adoção de ferramentas adequadas, melhoria da comunicação e adoção de métricas de resultados.
Não podemos nos esquecer que o avanço inexorável da tecnologia acrescenta a tudo isso a necessidade de que os processos de trabalho e comunicação estejam cada vez mais amparados em soluções digitais. Faz todo o sentido que a implantação e a continuidade do Employee Experience estejam suportadas por uma rede de soluções e ferramentas que deem transparência e agilidade no acesso às informações, aumentando a consciência do colaborador sobre sua relação com a organização.
Em resumo, um processo eficaz de Employee Experience em uma organização passa obrigatoriamente por temas como:
Os caminhos propostos pelo Employee Experience parecem estar ecoando positivamente nas organizações, mas a chave para que esse conceito alcance a maturidade e seja amplamente adotado está na efetividade de sua aplicação e na tangibilidade de seus resultados, tanto para as empresas quanto para seus colaboradores. Colaboradores felizes, empresa produtiva!
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Por José Carlos G. Figueira (Director – GAM: Global Account Management)
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